25.4.15

“Melbourne” de Nima Javidi




Dia 30, Culturgest, 21h30


24.4.15

Se não sais de ti, não chegas a saber quem és - Adriana Lisboa*

O Times enviou certa vez uma pergunta a alguns autores de renome: «O que há de errado com o mundo de hoje?» Diz a lenda que a resposta de Chesterton** foi, «Prezados Senhores: eu.» Se a história é verdadeira ou não, ainda assim faz refletir. De acordo com a Oxfam, mais de metade da riqueza do mundo estará nas mãos de um por cento da população no próximo ano, conforme a desigualdade aumenta. O World Wildlife Fund nos informa que o atual desaparecimento de espécies é considerado de mil a dez mil vezes maior do que a taxa de extinção natural. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas afirma que a influência humana no clima é clara, e as nossas emissões recentes de gases de efeito estufa são as maiores da história. O que há de errado, então, com o mundo de hoje?
Quando descobri a ficção de José Saramago, eu tinha dezoito anos. Folheava alguns títulos numa feira do livro no centro do Rio de Janeiro, e me deparei com um de seus romances. Tive a imediata impressão de que ele estava fazendo a mesma pergunta: O que há de errado com o mundo de hoje? E, como Chesterton, respondia: Eu. Nós.
É claro que não lemos livros de ficção em busca de tutela moral, e panfletagem não é o propósito da literatura. A poesia e a ficção são seu próprio fim. Para fazer coro com Fernando Pessoa, a literatura, como toda arte, é uma confissão de que a vida não basta.



*in Revista Blimunda, nº 35

**«La literatura es una de las formas de la felicidad; tal vez ningún escritor me ha dado tantas horas felices como Chesterton» (Jorge L. Borges)



23.4.15

«Partem tão tristes os pés de quem te arrasta consigo»



 Christinas World (detail shoe)

18.4.15

7.4.15

Song To The Moon (Rusalka)




voz de Lucia Pop