21.1.15

O Salva Vidas

Um lugar dentro deste bote não era muito diferente do que estar em cima de um cavalo bravo que, diga-se, não é muito mais pequeno. A embarcação erguia-se, empinava-se e lançava-se como um animal. À medida que cada onda se aproximava e ele se elevava, parecia um cavalo a saltar por cima de uma vedação altíssima. A maneira como se contorcia através destas paredes de água era algo místico e, para além disso, era por cima destas que se encontravam os problemas na água branca, a espuma que escorria com rapidez em cima de cada onda, exigindo um novo salto e um outro no ar.

[O Salva Vidas, Stephen Crane, Estrofes & Versos, p. 7]