24.7.15

Equinócios de Tangerina

nos dentes amachuco a folha de papel escrita, mordo noite adiante o ombro decotado e literário de Tangerina. invento-o e mordo-o, como sempre fiz, esfrego o sexo nas palavras, meto-lhes nas mãos sujas da literatura, viro-a, enrabo Tangerina ainda mal acordada no fundo da memória, mordo-lhe a nuca, mordo-a até não sentir em mim absolutamente mais nada (...)